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Quando a força feminina supera os obstáculos

No Dia Internacional das Mulheres, o Santa Genoveva Complexo Hospitalar presta homenagem a uma de suas colaboradoras mais antigas em atividade

 

Um dia marcado por flores, chocolates e felicitações. O Dia Internacional da Mulher é comemorado anualmente em 8 de março e é sinônimo, também, de lutas diárias para serem valorizadas e reconhecidas no mercado de trabalho, conseguirem ser multitarefas, lutar diariamente contra a violência doméstica, obstétrica e feminicídio. A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975.

Quem vê o sorriso e convive diariamente com a enfermeira Isaídes Maria dos Santos, a Zazá, não imagina por tudo o que ela já passou. De origem humilde, a história de Zazá não é muito diferente das milhares de mulheres espalhadas pelo Brasil.

Sozinha ela criou seis filhos, dois já falecidos. Hoje, aos 78 anos, Zazá relembra com muito carinho de tudo o que conseguiu construir. Trabalhava em três empregos e, mesmo sendo enfermeira, nas horas vagas, fazia faxina e passava roupas. Tudo para conseguir um futuro melhor para os filhos.

“Saía de um emprego para o outro, muitas vezes não tinha tempo para descansar. Nos dias em que estava de folga do Santa Genoveva, trabalhava como enfermeira particular e, também, como faxineira. Por muito tempo, eu ia em casa de dois em dois dias. Minha mãe me ajudava com as crianças. Foi um período bem complicado, mas do qual tenho muito orgulho”, Zazá relembra emocionada.

A paixão pela enfermagem se confunde com a história do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, onde trabalha há 38 anos. Foi contratada em 1981, primeiro emprego de carteira assinada como enfermeira e, desde então, refere-se ao local de trabalho como sendo sua segunda casa.

Mas nem tudo foi só alegria. Zazá, no início de sua trajetória profissional, já sentiu na pele o preconceito ao ser renegada na sua profissão por ser negra. Mas isso, agora, só faz parte do passado e o amor por cuidar do próximo e o respeito que os colegas de trabalho tinham por ela, a fizeram superar esse fato.

Hoje, com quase oito décadas de vida, Zazá não trabalha mais nos leitos acompanhando os pacientes. Ela recepciona as pessoas com sua marca inconfundível: o sorriso.

“É possível ser muito feliz com o trabalho. Basta fazer o que gosta com amor e tudo fica mais gostoso. Aliás, amor é o que não falta para nós mulheres. A nossa força feminina e o que nos move é a coragem. Somos guerreiras. Enfrentamos o trabalho e a vida em casa com felicidade. Que nesse Dia Internacional das Mulheres possamos ser ainda mais valorizadas”, afirma Zazá.

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