Primeira cirurgia de ablação por radiofrequência de tumor renal do Triângulo Mineiro e região é realizada em Uberlândia
Mantendo a trajetória de pioneirismo, o Santa Genoveva Complexo Hospitalar é o primeiro hospital da cidade a realizar o procedimento
Aconteceu no dia 20 de dezembro de 2019, a primeira cirurgia por ablação renal em Uberlândia. A ablação é uma técnica minimamente invasiva, que consiste na punção do tumor com uma agulha guiada por tomografia. Essa agulha é ligada ao gerador, que produz calor e aquece a lesão destruindo as células tumorais. O procedimento foi realizado no Santa Genoveva Complexo Hospitalar em parceria com o CDI. Em Minas Gerais, esse procedimento só foi realizado em Belo Horizonte e Juiz de Fora.
Segundo o médico radiologista intervencionista, cirurgião endovascular, cirurgião vascular e responsável pela Sala Híbrida do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Dr. Túlio Leite, as indicações para ablação de tumor renal são: pacientes com rim único, cujo comprometimento funcional requer a máxima preservação de tecido viável; pacientes com comorbidades clínicas que inviabilizem o procedimento cirúrgico; pacientes com predisposição ao desenvolvimento de múltiplos tumores renais; pacientes com restrições psicológicas à cirurgias invasivas e pacientes que se recusam a receber o tratamento cirúrgico convencional.
“Essa paciente já foi operada em abril de 2019, mas teve uma recidiva local. Após discussão multidisciplinar com a equipe de urologia, sugeri a técnica ablativa, pois é uma paciente jovem, com um tumor pequeno, de dois centímetros e localização favorável”, disse.
“Nós puncionamos o tumor com uma agulha guiada por tomografia. Essa agulha é ligada ao gerador que produz calor e aquece a lesão a uma temperatura suficiente para destruir as células tumorais. Essa técnica pode ser feita com anestesia geral ou anestesia local com sedação”, explica.
O tratamento ablativo também pode ser realizado em outros tumores, como os de pulmão, fígado, rim e tireoide. “A técnica ablativa tem como principal vantagem a menor invasividade, possibilitando a destruição tumoral sem a necessidade de cirurgias ou incisões. Portanto, há um enorme impacto na redução da morbidade, além do tempo de internação e dos custos “, finaliza o Dr. Túlio Leite.