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Hospital privado de Uberlândia é modelo em contratação de Pessoas Com Deficiência na cidade e sedia Fórum de Acessibilidade

Aconteceu na última quinta-feira (05) a segunda reunião do Fórum de Inclusão e Acessibilidade das Pessoas Com Deficiência. O evento, que aconteceu no auditório do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, teve como objetivo fomentar a empregabilidade dos PCDs em Uberlândia e aproximá-los das empresas, órgãos fiscalizadores e conselhos de defesa.

De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)no Brasil, que aconteceu em 2010, existem 45.606.048 pessoas com algum tipo de deficiência. Desse número, 135.406 estão em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Mas, infelizmente, não é a maioria que consegue um emprego com carteira assinada. Mesmo com a existência da lei 8.213/1991, conhecida como Lei de Cotas, que determina que empresas maiores destinem de 2% a 5% de suas vagas para Pessoas Com Deficiência (PCDs).

Todavia, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia divulgou em fevereiro desse ano que o país registrou número recorde de contratação de PCDs. Com a fiscalização efetiva para o cumprimento da Lei de Cotas, foram contratadas em 2018 46,9 mil pessoas com deficiência, considerando empregos formais e aprendizes. Uma conquista histórica, se levar em consideração os números de anos anteriores.

O Fórum contou com a presença de pessoas importantes para a causa e pode ser considerado uma forma de melhorias para as Pessoas Com Deficiência no mercado de trabalho. A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB de Uberlândia, Ana Cristina de Souza, esteve presente e destacou a importância do evento. “O objetivo do Fórum é fazer com que mais pessoas com deficiência estejam incluídas nas empresas”, disse.

“Para nós, o processo de inclusão é algo tão natural que ficamos surpresos quando fomos referenciados como um modelo. Não costumamos levantar bandeiras, simplesmente olhamos para a pessoa dentro da sua integralidade, da sua diversidade e dentro da sua potência e talento, focando naquilo que ela pode oferecer ao Santa Genoveva e para os demais colaboradores”, declarou Giselle do Carmo, gestora de recursos humanos do hospital.

Já o assessor jurídico da associação Zeiza Dojo, Hélio Tomas, que participou do evento, foi contar um pouco sobre o projeto que existe há quatro anos em Uberlândia. “A associação trabalha com mais de 500 famílias, oferecendo assistência gratuita aos familiares e pessoas com autismo”, contou.

Segundo o IBGE, Minas Gerais e o terceiro estado com o maior número de pessoas com algum tipo de deficiência. O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos das Pessoas Com Deficiência, Roberto Carlos, que também compareceu ao evento, destacou a relevância dos PCDs no mercado de trabalho. “São por meio dessas articulações e do trabalho que está sendo realizado, que tantos PCDs conseguem trabalhar. Isso proporciona maior interação e convívio social”, ressaltou Roberto.

 

 

O Hospital

O Santa Genoveva Complexo Hospitalar possui em seu quadro de funcionários 33 PCDs nas mais diversas áreas e busca sempre contribuir positivamente na vida e realidade de seus colaboradores, fazendo um acompanhamento próximo das pessoas com deficiência que são inseridas no ambiente de trabalho.

“Nós tivemos a oportunidade de partilhar com as demais empresas uma possibilidade real de inclusão. Todo processo começa primeiro por uma postura e um olhar para o outro. É preciso aceitar o outro com tudo o que ele tem para nos entregar, independente se ele tem alguma deficiência. Então, foi um prazer muito grande compartilhar com todos essa experiência”, finalizou a gestora de recursos humanos do Santa Genoveva, Giselle do Carmo.

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