Hospital de Uberlândia vence concurso promovido pela Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea
Santa Genoveva é o único hospital de Uberlândia a realizar o procedimento. Até o momento, 29 transplantes já foram feitos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, são realizados aproximadamente 4 mil transplantes todos os anos no país e, neste ano, foi comemorado o aniversário de 40 anos do primeiro transplante de medula óssea realizado no Brasil.
Com o objetivo de celebrar as quatro décadas de história, a Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea realizou um concurso de fotografias, que contou com a presença de quase todos os 79 centros transplantadores. Foram enviadas, por cada centro, imagens que pudessem representar a história do transplante no Brasil e selecionadas as melhores para votação popular. O resultado foi apresentado no XXIII Congresso Anual da SBTMO, em Brasília, e o Santa Genoveva Complexo Hospitalar foi o vencedor.
A imagem vencedora é sobre a chegada em casa de um paciente após realizar o segundo transplante para tratamento de um Mieloma Múltiplo. “Essa foto mostra um pouco da dor e da esperança que vivem os pacientes e como podem ser acolhidos, amenizando esse momento. Ficamos muito emocionados quando recebemos a foto pela família, agradecendo a equipe após chegarem em casa bem”, relembra o hematologista e responsável pelo setor de Transplante de Medula Óssea do Santa Genoveva, Virgílio Farnese.
Cerca de um ano e meio após realizar o primeiro transplante de medula óssea em Uberlândia, o Santa Genoveva Complexo Hospitalar já contabiliza 29 procedimentos. “Esse tratamento é realizado principalmente em pessoas com câncer no sangue, como o Linfoma, Mieloma ou Leucemia, mas, também, em alguns tumores sólidos e doenças não neoplásicas, como a aplasia e doenças autoimunes. No transplante autólogo, a medula óssea é retirada do paciente, processada e congelada. Depois é feita uma quimioterapia capaz de reduzir ou eliminar a doença neoplásica e a medula é novamente infundida. Nos casos de transplante halogênico, em que é necessário um doador, é realizado um tratamento imunossupressor no paciente para evitar rejeição”, explica o hematologista.
Segundo Farnese, a realização desses 29 transplantes é uma conquista e motivo de comemoração. “Os resultados foram muito animadores, os pacientes tiveram taxas de infecção e outras complicações esperadas para este tipo de tratamento inferiores à média, o que proporcionou um menor tempo de recuperação e internação hospitalar. Isso é resultado da qualidade do cuidado prestado por cada um dos profissionais envolvidos”, finaliza.