Dieta por sonda: salva vidas e diminui a desnutrição
Maior complexo hospitalar privado de Uberlândia confecciona material informativo sobre os principais cuidados domiciliares com a dieta por sonda
O Brasil é um país com grande número de idosos, o que não é segredo para ninguém. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de 28 milhões de idosos. Esse número totaliza 13,5% da população. A estimativa é que até 2050, um em cada três brasileiros seja idoso.
Segundo o médico Nutrólogo e coordenador clínico da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Cláudio Barbosa, esses números mostram porque o serviço médico-hospitalar tem se preparado para o aumento dos casos que precisam de tratamentos contínuos por vários anos.
“A tendência mundial, ainda mais em época de pandemia, é focar no processo de desospitalização, quando o paciente está com quadro estável. Mas é importante cuidarmos da nutrição desses pacientes. Muitos familiares têm receio de manter o tratamento em casa, mesmo após a alta hospitalar”, disse.
O nutrólogo ressalta que o Santa Genoveva Complexo Hospitalar é referência no assunto. “Fomos o primeiro hospital privado de Uberlândia com uma Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional. Fazemos um acompanhamento bem próximo ao paciente e seus familiares. Além disso, no momento da alta hospitalar, entregamos um material informativo impresso, que também é disponibilizado on-line, sobre o manejo das sondas, administração de medicamentos por sonda e inclinação necessária da cama durante a infusão da dieta, para que os pacientes possam ter informações e orientações de como proceder no domicílio”, salienta.
“É claro que esse tipo de realidade necessita de um acompanhamento periódico do médico nutrólogo e/ou da nutricionista no consultório ou em domicílio para reajustes necessários na vazão da dieta, tipo da fórmula, necessidade de suplementação e exames complementares”, finaliza Cláudio Barbosa.
Tipos de alimentação por sonda
A Nutrição Enteral pode ser administrada pelo sistema “in bolus”, ou seja, através de uma seringa direto na sonda do paciente; pelo método gravitacional, onde a dieta “pinga” algumas vezes durante o dia, por cerca de 2 horas. Ou pelo método contínuo, através de uma bomba de infusão elétrica, exatamente como nos hospitais.
Tipos de sonda para alimentação
Ao utilizar por até três meses a dieta “pelo nariz” (sonda nasoentérica), o paciente deve ser submetido à colocação da sonda diretamente no estomago, realizada por meio de endoscopia – é a Gastrostomia. A sonda nasoentérica de longa permanência traz inconvenientes e riscos como sinusite e paralisia das cordas vocais.
Qual tipo de dieta é mais indicado?
Existem vários tipos de fórmulas de dietas enterais indicadas. As dietas levam em consideração a doença do paciente, seu estado metabólico e nutricional. Elas podem ser adaptadas ao paciente gravemente desnutrido, diabético, com câncer, com escaras de decúbito, cicatrizes cirúrgicas, fístulas intestinais, etc.
A dieta pode ser preparada no domicílio, liquidificando-se alimentos saudáveis. Há, porém, que se atentar para o risco de diarreia e de deficiências de micronutrientes. Os sinais podem surgir com o passar do tempo, especialmente se o paciente não é acompanhado por profissional habilitado.
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