Novidades

Dia Mundial do Diabetes: é possível conviver bem com a doença?

Santa Genoveva Complexo Hospitalar alerta sobre a importância de controlar a doença que acometerá mais de 600 milhões pessoas até 2045

 

A cor azul no mês de novembro vai muito além de conscientizar contra o câncer de próstata. Ela é, também, uma maneira de mostrar a necessidade de ampliar a atenção a respeito do diabetes. Para isso, foi criado o movimento Novembro Diabetes Azul, uma campanha idealizada pela International Diabetes Federation (IDF), que tem como tema para 2019 “Família e Diabetes”. O objetivo de trazer a importância dos familiares para ajudar na prevenção e controle da doença.

Criado em 1991 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dia Mundial do Diabetes, comemorado no dia 14 de novembro, tem como alvo a conscientização população em relação à prevenção da doença, promovendo ações que visem o controle do diabetes e suas complicações.

O diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz ou produz pouca insulina, o hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem mais de 15 milhões de pessoas vivendo com diabetes atualmente, o que representa 6,9% da população. E este número é crescente.

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, a doença cresce em todo o mundo, e existe a previsão de que, em 2045, mais de 630 milhões de pessoas tenham diabetes. O que significa que pode existir um adulto diabético para cada dez adultos no planeta.

Para o endocrinologista do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Joel R Heitor Filho, a existência de uma data dedicada a esse assunto é de extrema importância, uma vez que é uma doença silenciosa e aproximadamente 40% das pessoas não têm o diagnóstico, mas são diabéticos.

“A maioria dos casos são devidos a hábitos inadequados de vida, como o sedentarismo e erros alimentares, que levam à obesidade central ou visceral e, em última análise, desembocam no diabetes tipo 2. Por ser uma doença crônica e com poucos sintomas, é importante que a consulta faça parte da rotina das pessoas. Assim, conseguimos diagnosticar a doença precocemente e instituir o tratamento para evitar futuras complicações”, orienta.

Ainda de acordo com o médico, o diabetes tipo 2 acomete cerca de 90% dos pacientes, enquanto o tipo 1 acomete cerca de 9,5%. 0,5% é destinado aos tipos mais raros do diabetes, como o MODY, sigla em inglês para Maturity Onset Diabetes of the Young, que significa diabetes juvenil de início tardio, e o LADA, sigla para Diabetes Latente Autoimune do Adulto.

“O tipo 2 está mais presente entre adultos com história familiar e está mais relacionado aos hábitos de vida inadequados, como alimentação com alto teor de açúcar, gordura e sedentarismo. Já o diabetes tipo 1 surge geralmente na infância ou adolescência e os pacientes precisam usar insulina frequentemente”, afirma Joel.

“Essa é uma doença assintomática e indolor. O paciente só tem sintomas quando a glicemia está muito alta, normalmente acima de 250 mg/DL, o que dificulta a procura por tratamento médico. É importante ressaltar que os pacientes diabéticos com a doença controlada viverão bem. Se mantiverem a qualidade de vida, diminuirão as chances de complicações como cegueira, infarto do miocárdio, derrame cerebral, insuficiência renal, amputações e impotência sexual”, finaliza o endocrinologista.

Compartilhar