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Fibromialgia

Como encontrar o alívio da dor da fibromialgia

Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a fibromialgia é uma condição bastante frequente. No Brasil está presente em cerca de 2% a 3% das pessoas e acomete mais mulheres que homens, costumando surgir entre os 30 e 55 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas e, também, em crianças e adolescentes. “Embora sua causa seja desconhecida e a condição possa incluir alguns sintomas específicos e inespecíficos, a fibromialgia é controlável”, diz o reumatologista do Complexo Hospitalar Santa Genoveva, Hênio Vanni Filho.

 

Diagnóstico

Ao contrário de outras condições, a fibromialgia não é diagnosticada por exame de sangue ou raios-X, mas sim pelo histórico do paciente e exame físico. “Os sintomas incluem dor crônica por mais de três meses, fadiga, sono não reparador, dificuldade de memória e concentração, irritabilidade e muitas vezes alteração dos hábitos intestinais, depressão e ansiedade”, explica o Dr. Hênio Vanni Filho. Outro grande desafio para o paciente é conseguir o diagnóstico correto. Em muitos casos, passam por diversos especialistas até haver uma definição, justamente pela falta de um exame específico.

Viver com fibromialgia pode ser um desafio. De acordo com a Cartilha para pacientes de Fibromialgia, desenvolvida pela SBR, na dor crônica, na maioria das vezes a pessoa comunica-se bem e parece calma. A reação à dor nota-se na presença de depressão, afastamento social, alteração do sono e cansaço. Tudo isso leva algumas pessoas, amigos, familiares até mesmo profissionais de saúde, a terem dúvidas se os sintomas são reais ou não. Embora a dor seja o sintoma mais comum, a fadiga, o desânimo e a dificuldade de concentração podem ser também grandes obstáculos para o paciente que precisa realizar suas atividades diárias. “Acredita-se que 20% dos pacientes de fibromialgia apresentem depressão. Observa-se frequentemente um círculo vicioso de depressão e dor crônica, uma sendo a causa da outra”, diz o Dr. Hênio Vanni Filho.

 

Tratamento

Apesar de não existir um tratamento único para a fibromialgia, uma vez que o tipo, os sintomas e a gravidade variam de pessoa para pessoa, existem manejos médicos e focados no estilo de vida para conviver com a síndrome. “O tratamento medicamentoso é definido de forma individualizada”, salienta o Dr. Hênio Vanni Filho. “É necessário que o paciente entenda a doença e, de forma multidisciplinar, seja feito a prescrição farmacológica e indicação de recursos como fisioterapia, psicoterapia, acupuntura, osteopatia, e é imprescindível a prática de atividades físicas”, reforça. Além disso, segundo o médico, os três pilares que sustentam o paciente e garantem a qualidade de vida são a resiliência, aceitação e a persistência para o sucesso do tratamento.

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