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Amamentação: doar leite materno também é um ato de amor

Criada oficialmente em 2017 pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a campanha Agosto Dourado simboliza a luta pelo incentivo à amamentação, em que a cor se refere ao padrão ouro de qualidade do leite materno.

A importância da amamentação

De acordo com a SBP, o leite materno é o alimento ideal para o bebê. Ele ajuda no desenvolvimento da criança, protege a saúde e consegue suprir todas as necessidades nutricionais até os seis meses de idade. Essa, inclusive, é uma preconização da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma vez que é uma forma de oferecer ao bebê todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. Além disso, é extremamente vantajoso para a mulher, que, além de fortalecer o vínculo afetivo com o filho, previne o câncer de mama e ovário.

“Produzo muito leite. Posso doar?”

O portal da Rede Global de Bancos de Leite Humano ressalta que cada litro de leite materno doado pode alimentar, por dia, até dez recém-nascidos. Além disso, com o leite materno, os bebês prematuros têm a chance de ganhar peso mais rápido e ficam protegidos de infecções.

Segundo a lactarista do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Marilda de Moura Chaves Silva, o hospital deixa à disposição das mamães a sala de ordenha, um profissional que acompanha e orienta sobre todas as dúvidas da amamentação. Além disso, o hospital ainda, conta com o banco de leite, que garante que os bebês internados, prematuros, ou filhos de mães que não podem amamentar, recebam o leite materno.

Banco de Leite

“O banco de leite do Santa Genoveva Complexo Hospitalar é destinado apenas aos bebês que estão internados. Fazemos todo um trabalho de orientação sobre a importância da amamentação e sobre a doação do leite materno. Quando as parturientes recebem alta e a criança fica internada, tentamos orientar para que os bebês recebam, preferencialmente, o leite materno”, ressalta.

Marilda reforça que o leite armazenado no banco consegue atender à demanda interna porque, geralmente, as mamães amamentam os seus próprios bebês. “Vale dizer que, ao receberem alta, as mães podem doar o leite que sobrou para os bebês que estão internados. No entanto, como o Santa Genoveva não possui pasteurizador, o leite é encaminhado para a Universidade Federal de Uberlândia, onde é pasteurizado, passa por exames e retorna para ser oferecido aos bebês. Esse leite volta congelado e com validade de até seis meses. Porém, após descongelado, o leite pasteurizado deve ser consumido em até 12 horas. Quando a oferta de leite é alta e a mãe deseja doar, encaminhamos esse leite para o banco de leite da UFU. Mas, para nós, amamentação é muito mais do que isso, é o momento de construção do afeto, independente da maneira como ela é feita”, finaliza.

Como fazer a coleta do leite em casa?

1- Prepare um frasco de vidro com tampa plástica.  Lavar as bombas, com a mistura de água com água sanitária, ou cloro, na medida de uma colher de água sanitária para um litro de água filtrada. A água deve ser descartada após o uso e a bomba deve ser colocada para escorrer. Só utilize quando estiver seco.

2- Prepare-se para retirar o leite. Escolha um local limpo e tranquilo, prenda os cabelos com uma touca e lave bem as mãos.

3- No momento da ordenha, massageie os seios de maneira circular. Depois, caso não tenha a bombinha, comprima a borda da aréola (parte escura da mama) com o polegar e o indicador, um dedo contra o outro, várias vezes até o leite começar a sair. Despreze os primeiros jatos e inicie a coleta no frasco.

4- O armazenamento do leite deve ser feito no congelador por até 15 dias.

5- Leve o leite armazenado até o banco de leite mais próximo ou solicite a coleta domiciliar.

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