Abril azul: Conscientização do Autismo
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em 2 de abril, foi definido pela Organização das Nações Unidas em 2007. De forma ainda mais abrangente, o Abril Azul busca ajudar a compreender o que é o Transtorno do Espectro Autista. Também conhecido como TEA, o transtorno é envolto em desconhecimento, com os indivíduos afetados sujeitos a sofrer discriminação e preconceito.
TEA – Transtorno do Espectro Autista
Segundo o portal Autismo e Realidade, o TEA reúne desordens do desenvolvimento neurológico, desde o nascimento ou começo da infância. Isso significa que o transtorno é identificado nos primeiros meses ou anos de vida. Entretanto, o diagnóstico é estabelecido por volta dos 2 ou 3 anos de idade, tendo uma prevalência maior no sexo masculino.
Muitas pessoas não compreendem o autismo, que representa, na verdade, uma forma diferente de agir e encarar o mundo. Entretanto, com o crescente aumento de casos no Brasil e no mundo, torna-se necessário criar uma rede de informações confiáveis. Uma reportagem especial da Rádio Senado, por exemplo, dá destaque ao assunto, assim como várias outras publicações de órgãos governamentais.
Causas do autismo
As causas do TEA ainda permanecem desconhecidas, embora evidências científicas apontem para a interação de fatores genéticos e ambientais. Ou seja, os fatores ambientais podem interferir no risco de autismo, em pessoas que já possuem uma predisposição genética. Entre os agentes do ambiente que podem contribuir para o desenvolvimento do TEA, estão:
- Exposição a agentes químicos;
- Deficiência de vitamina D e ácido fólico;
- Utilização de algumas substâncias medicamentosas durante a gestação;
- Prematuridade (abaixo de 35 semanas);
- Baixo peso do bebê, ao nascer;
- Gestações múltiplas;
- Infecção materna durante a gravidez;
- Idade parental avançada.
Em relação ao componente genético, não foi identificado nenhum biomarcador específico para o TEA.
Os sintomas do autismo variam dentro do espectro
O Transtorno do Espectro Autista interfere na comunicação, na linguagem, na interação social e no comportamento. Contudo, cada cérebro é alterado de maneira diferente, porque o transtorno compreende uma diversidade de níveis e sinais.
De modo geral, os sintomas do autismo podem ser divididos em 3 grupos, de acordo com o quadro clínico:
Grupo 1
- Ausência de qualquer contato interpessoal;
- Incapacidade de aprender a falar;
- Movimentos estereotipados e repetitivos;
- Deficiência mental.
Grupo 2
- Paciente voltado para si mesmo;
- Falta de contato visual com as pessoas e com o ambiente;
- Utilização ineficiente da fala, como ferramenta de comunicação;
- Comprometimento da compreensão.
Grupo 3
- Domínio da linguagem;
- Inteligência normal ou superior;
- Algumas dificuldades de interação social.
O autismo e as dificuldades enfrentadas pelo paciente e pela família
Muitas vezes, o portador de TEA pode apresentar epilepsia, depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Dentro do espectro autista, de fato, há pessoas que conseguem viver de forma independente, porém existem outras com deficiências severas. Nesses casos, as pessoas com TEA precisam de atenção e apoio constante durante toda a sua vida.
A falta de compreensão sobre esses fatores causa impacto e sofrimento aos indivíduos e suas famílias. Como o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento, o autista não possui características físicas que podem ser visivelmente identificadas. Por isso, muitos dos sintomas do autismo provocam estranhamento e discriminação.
Por outro lado, ainda existem, na sociedade, claros preconceitos associados às diferenças neurológicas. Assim, o desconhecimento e o preconceito acabam se tornando obstáculos ao diagnóstico e ao tratamento.
As intervenções e o tratamento do autismo
É importante providenciar o diagnóstico clínico do Transtorno do Espectro Autista, logo que sejam levantadas as suspeitas. O autismo é um transtorno crônico, cujo tratamento envolve várias abordagens e equipes multidisciplinares. Desde médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, até educadores físicos, inúmeros profissionais podem contribuir com intervenções personalizadas.
Além disso, as intervenções psicossociais, como a terapia comportamental, ajudam a reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social. Portanto, são indispensáveis para garantir bem-estar e qualidade de vida, tanto para as pessoas com TEA, quanto para seus cuidadores. Acima de tudo, é fundamental oferecer acolhimento e orientação aos pacientes, pais e pessoas envolvidas.
Para o Mater Dei Santa Genoveva, a conscientização do autismo é mais do que informar e acolher. É cuidar! Por isso, disponibiliza profissionais capacitados e uma estrutura completa, para diagnosticar, orientar e oferecer o tratamento adequado.