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Nutrição Parenteral

Médico Nutrólogo desmistifica a Nutrição Parenteral

Nutrição Parenteral é o termo médico que define a infusão de nutrientes através de uma veia do paciente. O objetivo do tratamento é corrigir ou prevenir a desnutrição e a falta de nutrientes. A nutrição parenteral fornece tudo aquilo que a alimentação saudável provê: carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais, eletrólitos e micronutrientes.

De acordo com o médico Nutrólogo e Coordenador Clínico da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional do Mater Dei Santa Genoveva, Dr. Cláudio Barbosa, a Nutrição Parenteral é indicada nas situações nas quais os pacientes não conseguem se nutrir adequadamente por via oral ou enteral (sonda).

“Acontece muito em doenças graves com obstrução de intestino por tumores, nas pancreatites agudas graves, nos casos de retirada cirúrgica do intestino, más formações congênitas em recém-nascidos e várias situações de maior complexidade, como acidentes e perfurações do intestino por arma de fogo ou arma branca etc.”, explica o nutrólogo.

Aporte Nutricional

Pode haver, também, a necessidade de associação de dieta enteral e parenteral para oferecer um aporte nutricional maior para o paciente. Por exemplo, pacientes desnutridos, como nas complicações recentes e tardias da cirurgia bariátrica, e casos em que o paciente tolera a dieta enteral, mas não o suficiente para recuperá-lo clinicamente. Nesse caso, utiliza-se a nutrição parenteral suplementar para oferecer as vitaminas, proteínas, minerais e micronutrientes em geral.

O Dr. Claudio ressalta que a nutrição parenteral é um recurso de alta complexidade, porém recente na medicina, introduzido na década de 60 e há menos tempo ainda no Brasil.

Por isso, médicos desconhecem seus benefícios. “Gostaria de tranquilizar quem hoje está com um familiar nessas condições. Pois, o paciente pode ter melhor qualidade de vida e maior sobrevida através desse recurso, que quando feito por equipe capacitada, é de simples manejo, podendo ser realizado até mesmo em domicílio”, diz.

 

A seguir, separamos alguns mitos e verdades da nutrição parenteral e recebemos a orientação do Dr. Cláudio:

 

Quando o médico indica a nutrição parenteral é porque a situação do paciente se agravou.

MITO porque usamos a parenteral para evitar o agravamento, e não somente nos casos graves.

 

A nutrição parenteral alimenta o tumor maligno

MITO. Pois, exatamente a falta de uma adequada nutrição é quem agrava o câncer. A desnutrição do câncer piora a resposta do paciente ao tratamento quimioterápico e eleva a toxicidade deste.

 

A nutrição parenteral eleva o risco de infecções.

MITO. Estudos recentes comprovaram que, se corretamente aplicada, por equipe capacitada, inclusive quanto a higiene e assepsia do cateter por onde entra a nutrição parenteral no paciente, esta é tão segura quanto a enteral.

 

A dieta parenteral pode contribuir para a recuperação mais rápida do paciente.

VERDADE porque em todo paciente há evidências claras de que o aporte energético e proteico está significativamente associado a um desfecho clínico favorável. E muitas vezes, isso não é alcançável com a dieta via oral e pela sonda.

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